Divino Beethoven


O oratório “Christus am Ölberge” (em português, “Cristo no Monte das Oliveiras”), op. 85, de Beethoven (1770-1827) resgata o episódio do Jardim das Oliveiras. O libreto é de autoria do poeta Franz Xaver Huber, com quem o compositor colaborou ativamente. A obra foi concluída em poucas semanas, no final de 1802, logo após ter escrito o famoso Testamento de Heilligenstadt – carta dirigida à seus irmãos Karl e Johann, na qual, sob o impacto dos primeiros sinais de surdez, afirma sua convicção na música como redentora de todos os males. A estreia aconteceu do ano seguinte, em 5 de abril, no Theater an der Wien, em Viena. Mais tarde o compositor reviu a partitura para publicação pela Breitkopf & Härtel. Os quase dez anos que se passaram entre a composição e a publicação resultaram na atribuição de um número de opus relativamente elevado a ela.

O oratório está marcado para soprano, tenor, baixo, coro e orquestra. O tenor representa Jesus, o soprano um serafim (anjo) e o baixo Pedro,  o apóstulo. A obra começa de forma dramática com a agonia de Jesus que canta um recitativo e ária cujo texto diz “Toda a minha alma dentro de mim estremece”. Prossegue com o canto do serafim que afirma a bondade divina e a salvação dos justos, a que se segue um coro de júbilo. Após um dueto e breve recitativo, se houve o coro masculino em tempo de marcha, que configura a chegada dos soldados e o tumulto que se segue. No diálogo com Pedro, Jesus o convence a não resistir. No número final, após uma breve introdução orquestral, um coro de anjos canta uma Aleluia, com o qual a peça termina.
Fonte.: musica.ufrj.

Christus am Ölberge - Conductor Volker Wagenheim

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